Pessoal se vocês tiverem interesse o artigo está no endereço:

www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xviii/sys/resumos/T0420-1.pdf

Segue a baixo algumas poesias que mostram um pouco o que será o perfil das postagens da página. Em breve traremos textos mais específicos.

Rãs a pular e cantar

Ratos a espreitar e roer

Baratas sintonizam antenas

Cobras deslizam e hipnotizam

Formigas programadas no andar

Cupins madeireando

Sinfonia de grilos

Víboras, lagartixas e mosquitos

Timbús céleres entre a relva

Pássaros e ninhos

Borboletas por sobre as flores

Aranhas, teias e estratégias

Traças estudam livros

Sapos na loca

Plantas jorram da terra como se fossem prolongamentos

E o homem? Ignora a vida à sua volta e tenta dominar o mundo como se separado dele fosse.

Adaécio, 30 de Junho de 2008

O homem do armazém de tudo que vende entende

Por vender peças conhece as engrenagens

Para os modernos ele dá conselhos

E para os antigos ele presta ajuda

Porque entende os mecanismos

Faz uma viagem ao início das coisas

Não foi ainda contaminado totalmente

Pelo demônio da modernidade

Onde se sabe de tudo e de nada se entende.

Adaécio, 11 de Agosto de 2009

O olho é de onde tudo surge para nós.

Nascente de vida.

No olho nasce a vida.

Nasce a representação do mundo.

E o que representa mais a vida do que a água?

Lembro de Nietzsche neste instante:

“Assim Tales contemplou a unidade de tudo que é: e quando quis comunicar-se, falou de água!”

Adaécio, 05 de Janeiro de 2010

Devemos respeitar cada um na sua individualidade e não acharmos que somos sociais, uma coisa só, iguais.

De um universo plural, seguem-se veredas que conduzem a referenciais privilegiados isso é lógica. Tornamos, assim, certos pontos evidentes.

O que nas cidades pequenas é tido como muito doido, acontece de forma diluída nas grandes cidades.

Um        Um rato mora na barreira ao lado do cajueiro do mirante

Adaécio, 3 de Maio de 2008

Que monumental entidade.

Que tranqüilidade imponente,

Companheiro de uma saudosa morada cujo dono não mais existe.

Parece não ter tido início, ser eterno.

Grande celeiro de vidas: aves, insetos e outras plantas.

Resiste à urbanização com uma magia que lhe é própria,

Como se fosse um prolongamento da Terra, mantêm-se frondoso.

Parece que a cada ciclo vital se torna mais senhor da vida e mais sábio,

Mais conhecimentos absorve do passar dos tempos e da vida.

Informações presentes nas rachaduras por toda sua extensão

Demonstram uma transmutação, uma catarse, uma metamorfose.

O conhecimento como produto da vida e na vida, um registro.

E assim está o grande cajueiro.

De longe uma árvore, uma planta, um ponto na paisagem:

De perto uma vida, Um ser, um microcosmos,

Uma impressão do tempo, da Mãe Terra.

Um ente cultural magnífico.

Como é bom deitar em seus galhos,

Participando deste Universo paralelo que lhe é tão próprio ...

Autor: Francisco Adaécio Dias Lopes

03 de Julho de 2009

Atmosfera de conceitos.

Bases vulcânicas em erupção

Sopram vapores superiores

Que transformam os usos.

Em cada vulcão um mundo

Em cada unidade um ser

A busca pela resposta, que servirá pra manter

O encadeamento que hoje se pode ver.

Que destino trágico esse!

De um ser ao alvorecer

Rebelar-se contra um plano

Que nutre-se do seu viver.

Adaécio, 20 de Janeiro de 2007