O Grande Cajueiro

17-11-2010 03:29


Que monumental entidade.

 

Que tranqüilidade imponente,

 

Companheiro de uma saudosa morada cujo dono não mais existe.

 

Parece não ter tido início, ser eterno.

 

Grande celeiro de vidas: aves, insetos e outras plantas.

 

Resiste à urbanização com uma magia que lhe é própria,

 

Como se fosse um prolongamento da Terra, mantêm-se frondoso.

 

Parece que a cada ciclo vital se torna mais senhor da vida e mais sábio,

 

Mais conhecimentos absorve do passar dos tempos e da vida.

 

Informações presentes nas rachaduras por toda sua extensão

 

Demonstram uma transmutação, uma catarse, uma metamorfose.

 

O conhecimento como produto da vida e na vida, um registro.

 

E assim está o grande cajueiro.

 

De longe uma árvore, uma planta, um ponto na paisagem:

 

De perto uma vida, Um ser, um microcosmos,

 

Uma impressão do tempo, da Mãe Terra.

 

Um ente cultural magnífico.

 

Como é bom deitar em seus galhos,

 

Participando deste Universo paralelo que lhe é tão próprio ...

 

 

Autor: Francisco Adaécio Dias Lopes

 

 

03 de Julho de 2009

 

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